Carlo Ancelotti fez sua estreia como treinador da Seleção Brasileira em um empate sem gols contra o Equador, em Guayaquil, na última quinta-feira (5). A partida foi disputada pela 15ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo. O jornal Marca, que frequentemente cobriu o técnico durante seu bem-sucedido tempo no Real Madrid, não hesitou em fazer críticas.
“Este Brasil é uma sombra do que foi”, diz a análise, que recorda os craques Ronaldo, Romário, Roberto Carlos e Denílson para ressaltar o futebol “sem açúcar e sem jogo bonito” apresentado nesta quinta. No primeiro tempo, o jornal espanhol Diário As foi claro ao afirmar que “Ancelotti tem um problema sério”. Outro que apontou as dificuldades do time brasileiro foram os hermanos argentinos do Olé, que destacaram o jogo “sem brilho” do Brasil.

Nas redes sociais, torcedores também mostraram insatisfação com o desempenho deste último jogo. Reunindo algumas das principais sugestões do público e de grandes portais de notícias, a Canarinho Esportivo deixou alguns pontos em que Carlo Ancelotti pode trabalhar na seleção:
O esquema com três volantes não funcionou bem. Desde o início, ficou evidente que ele priorizava a defesa em vez do ataque. Casemiro teve um bom desempenho, jogando dentro de suas características, mas Gerson e Bruno Guimarães não conseguiram atender à proposta de levar a bola para frente. Ambos apresentaram atuações irregulares em Guayaquil.
Estêvão, com apenas 18 anos, mostrou que ainda não está totalmente preparado para ser titular da Seleção Brasileira, mas deixou algumas impressões positivas. Se continuar se desenvolvendo e contando com a confiança de Ancelotti, pode ser um jogador importante neste ciclo até a Copa do Mundo.
A grande revelação da Seleção Brasileira foi Alexsandro, que chegou à convocação sem ser muito conhecido. Ao ser escalado como titular, ele soube aproveitar a chance.
Alex Sandro traz experiência, mas seu desempenho já não é o mesmo. Caio Henrique, sempre solicitado pela torcida, nem foi convocado, enquanto Carlos Augusto não causa entusiasmo. E, curiosamente, a posição esquerda tem mais alternativas do que a direita.
Ancelotti decidiu deixar Wesley fora do banco e viu Vanderson se destacar negativamente. O ex-jogador do Grêmio perdeu uma grande oportunidade no ataque e foi amplamente superado na defesa. A maioria das chances de perigo do Equador surgiu por aquele lado.
Richarlison, atualmente, não é o centroavante ideal para a Seleção Brasileira. Embora seu retorno seja relevante, sua performance em Guayaquil foi decepcionante. Ele até desperdiçou uma das melhores oportunidades do Brasil, após uma ótima jogada de Vinicius Júnior pela esquerda.
Talvez seja o momento de experimentar uma opção que complemente melhor os atacantes, especialmente com o retorno de Raphinha contra o Paraguai. Rodrygo não correspondeu às expectativas quando atuou nessa função e, por isso, foi alvo de críticas. A solução para isso é incerta: Neymar.
Se estiver saudável e motivado, algo que não tem demonstrado recentemente, o jogador do Santos seria crucial para a estratégia do Brasil. A grande dúvida é saber qual versão de Neymar estará em campo quando (e se) for acionado.
O próximo jogo da Seleção Brasileira será na terça-feira (10), contra o Paraguai, na Neo Química Arena, em São Paulo.